Preocupação Constante

Hoje quero, de fato, dividir uma preocupação constante. Uma preocupação que perturba o sono de muita gente, inclusive o meu. Por isso, estou escrevendo as 4:38 da manhã, quando na verdade, eu deveria estar dormindo tranqüila e relaxada, aproveitando as férias de início de ano. Mas simplesmente, não consigo!
Mas essa preocupação é algo que, infelizmente, não temos como nos livrar e por mais que a gente queira pensar de forma positiva, com energias positivas, porque afinal de contas, ano novo, vida nova, pensamento novo, não tem jeito, a gente sofre, sofre e sofre, a gente pensa, pensa e pensa.

Quando digo a gente, quero dizer, pessoas que se preocupam com suas próprias vidas, que são honestas e que morrem de ansiedade, se estressam, quando alguma coisa sai do planejado.
Será que alguém aí já sabe do que se trata? Será que tem alguém que já não tenha passado por isso antes? Alguém reconhece o sintoma de pensar e sentir que algo vai dar errado no fim?
Bem, para aqueles que ainda não descobriram do que se trata, é simples. Pense bem: se você está conectado com o mundo atual, se você ainda não alcançou o patamar de ser milionário, porque não ganhou na Mega Sena de fim de ano, nem no Euromilhões, se você ainda precisa trabalhar mais de 8 horas por dia, porque quer ter um pouco a mais que o necessário, para poder ter um supérfluo de fim de ano, então você sabe muito bem do que eu estou falando.
Sim, é verdade, eu estou falando de dinheiro, estou falando daquelas notinhas, das quais não conseguimos viver sem. Estou me referindo única e exclusivamente ao desespero de milhões de pessoas, que por mais que trabalhem, chega em um determinado dia do mês, que o desespero começa a chegar e toma conta da gente, é um sentimento que nos toma de assalto e, que como mencionei anteriormente, rouba o sono da gente, inferniza os pensamentos da gente, matando aos poucos o sossego que deveria estar reinando em nossas vidas.
Eu fico pensando, muitas vezes, em como resolver uma situação que não tem solução. Pelo menos aparentemente.
Há aquelas recomendações de especialistas em finanças, em economia, em gestão de negócios, que sempre aparecem na Tv, “não gastem mais do que ganha”, “procure reduzir os supérfluos”, “veja no seu orçamento os gastos, de fato, necessários”, etc, etc, etc.
Por fim, por mais que eu pense, que eu faça contas e que eu enxugue o orçamento, chego à conclusão que nada do que gasto é supérfluo, que horas de lazer, se resumem a comprar meia dúzia de livros, tomar cafés expressos e fazer parcos lanches com as poucas amigas que tenho.
Compreendo por fim, que ter dor de dente e ir a um dentista, pode ser, nos dias de hoje, tão supérfluo quanto tentar pagar um curso qualquer para melhorar sua profissão. Que na verdade, comprar uma calça jeans ou um simples tênis e se dar de presente de natal, depois de trabalhar o ano todo, é algo que se deve esquecer, porque saí do seu “orçamento enxuto”, o que dirá então, presentes para os pais e amigos íntimos... Nem pensar! Totalmente fora de questão! Absolutamente supérfluo!
Não posso reclamar da minha vida. Afinal de contas, moro com meus pais, tenho um carro, visto roupas decentes, leio livros, me alimento como um ser humano normal deve se alimentar, enfim, nada além do básico, absolutamente dentro do padrão, digamos, normal.
Então, deduzo calmamente, após escrever esse texto, que cartão de crédito é algo que devo encarar daqui para frente como um objeto supérfluo, o qual deve ser banido da rotina da minha vida, digamos, com um orçamento pra lá de enxuto!
Abraços e boa noite porque finalmente vou dormir. Ah! Na verdade, é bom dia, porque já amanheceu.

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