As pessoas frequentemente me pedem opinião sobre alguma coisa, querem dividir comigo alguns dos seus segredos ou simplesmente querem desabafar alguma angústia.
Eu acho interessante, porque na mesma intensidade eu tenho a mesma necessidade de estar com amigos, falar sobre as dificuldades que também tenho, sobre os medos que sinto, sobre os sonhos que quero realizar...Enfim, falar sobre mim também.
Mas infelizmente, tenho percebido que conheço muitas pessoas, mas são poucas as que se permitem ser amigas de verdade, companheiras de horas difíceis. Nas horas alegres, das festas, dos encontros sociais, sempre podemos encontrar quem queira se divertir.
Talvez eu esteja dizendo algo que não é novo, que aos 38 anos eu já deveria saber ou apenas saber lidar com a questão, mas não é esse o meu ponto de vista e nem estou escrevendo com tom amargo ou magoado, porque “precisei” de alguém e não tive ninguém para me apoiar. Não é nada disso!
O meu relato é apenas um exercício de constatação, apenas um exercício que me permite refletir sobre as reações humanas e as limitações que todos nós temos.
É uma forma que encontrei de escrever sobre aquilo que percebo com relativa freqüência, porque o que mais me choca é que as pessoas passam pelas outras, trabalham com os colegas do serviço, convivem em família, na escola, no curso, no clube, seja onde for, mas não são capazes de enxergar o outro, de ver que há alguém diante de você, que pode estar precisando da sua palavra, do seu olhar terno, da sua mão amiga, do seu sorriso apenas. Não importa!
Pode haver alguém, que realmente esteja necessitando apenas que você esteja ali e nada mais do que isso.
Hoje pode ser o outro, mas amanhã pode ser você. Será que a gente pára e pensa nisso? Será que todos nós temos a noção de que todos precisam de todos invariavelmente?
Graças à Deus – e isso não é apenas uma forma retórica de me expressar – eu consegui ver e enxergar que alguém do meu convívio necessitava de uma mão ou ombro amigo, porque está pessoa está passando por um momento crítico de saúde, porque está tão frágil, tão sentida com Deus, com a vida, com tudo e com todos, que acabou se perdendo no sentimento de tristeza e solidão.
Eu vi, percebi e tentei interferir da melhor forma possível, para que o seu percalço seja menos doloroso, para que sua luta seja menos dura e para que de alguma forma, ela aprenda e saia vitoriosa com a situação em si.
Fiz o que achei que devia de fazer, falei o que achei que devia de falar. Se vai funcionar ou não, agora não depende mais de mim, mas uma coisa eu sei, se a pessoa precisar e pedir ajuda eu estarei por perto para dar o meu apoio amigo.
Estou sim, comovida. Estou sim, reflexiva. Mas também estou orgulhosa de mim mesma, por saber que o ser humano ainda me afeta.


Pare, pense e reveja seus momentos com as pessoas com quem você convive, porque pode ser que elas estejam precisando de você, mas pode ser que um dia você venha precisar delas também.
Abraços e sejam felizes!

Comentários

  1. Show Teacher. Simplesmente perfeitas e absurdamente sábias palavras.
    Bjo

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