Mãos entrelaçadas

nossas mãos
Desde que nos vimos, estabeleceu-se o hábito de nos encontrar e de sentarmos no parque, nas areias da praia, no café, onde quer que fosse. Eu comtemplava a sua beleza, admirava seus dons, escutava o silêncio da melancolia de seus olhos azuis, e sentia mãos invisíveis que me impeliam para ele. Cada encontro revelava-me um novo aspecto de sua beleza e um novo segredo de sua alma, até que ela se tornou um livro aberto, onde eu lia cada linha e analisava cada verso.
Eu me encantava com o que via e jamais queria atingir o fim.
O homem que os deuses cumulam com dupla beleza: a do corpo e a da alma é uma verdade ao mesmo tempo evidente e misteriosa. E é esse mistério que me seduz nele.
A melancolia dos seus olhos azuis uniu nossas almas com um laço comum: é como se fôssemos feito um a metade do outro, realizados juntos, perdidos quando separados.
Por isso, decidimos unir nossas mãos e deixá-las entrelaçadas, para que nos lembrassemos que não co-existimos sem  o outro, dando-nos força para prosseguir juntos e amarmo-nos infinitamente.
É assim que desejo passar o ano novo que vai nascer e o resto dos meus dias... 

Comentários

  1. Esses olhos azuis um dia acabam te matando. rsrsrs
    Não vou nem mencionar as mãos.

    ResponderExcluir
  2. Sim, me matam dia após dia, a cada segundo desde que nos encontramos! (rsrsrs)E as mãos? Ah essas mãos!!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas